segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Nerve (2016)

Sabem aquele filme que já estão fartos de ouvir falar mas que acham que não vai valer nada mas afinal somos agradavelmente surpreendidos? Sim, este é um desses filmes.


~Sinopse

Numa época cada vez mais governada por aplicações e partilha de imagens, surge o jogo Nerve. Este jogo consiste na realização de desafios propostos por espectadores da própria aplicação aos jogadores. Os desafios podem ir desde beijar um estranho até ficar pendurado num edifício durante um determinado tempo. É nisto que Vee (Emma Roberts) se envolve. Uma moça tímida, tão pouco aventureira, acaba por se inscrever no Nerve como jogadora. O que é que lhe vai calhar na rifa e como é que ela se vai livrar disto?


~Opinião 


Este filme de facto superou as nossas expectativas. O que aparentemente parecia apenas mais um filme romântico com um pouco de ação, acabou por revelar-se algo mais.
O que mais nos surpreendeu foi toda a mensagem do filme camuflada com um jogo online semelhante ao tradicional “ verdade ou consequência”. Este filme realça a sociedade em que vivemos, haver pessoas que são meramente observadoras na sua própria vida e aquelas que aceitam desafios e que realmente vivem a vida. Toda esta realidade entrelaçada com os perigos da internet. Sejamos francos, hoje em dia está tudo conectado à internet. Podemos visualizar a nossa conta via internet, podemos comprar coisas pela internet, podemos até mesmo descobrir aquele número anónimo que nos anda a incomodar, para não falar nas redes socias. Atualmente tudo se sabe, basta ir à conta de facebook. E isto são as coisas mais básicas.


Neste filme, os “vilões” anónimos (que permaneceram anónimos) conseguem adicionar ou tirar todo o dinheiro na conta bancária do jogador, saber aonde ele esta a toda a hora, usar o perfil da rede social para conhece-lo melhor de forma a poder desafiá-lo da melhor forma e pior … tornar a pessoa prisioneira do jogo.

Não só se mostra interessante nesse ponto, mas como reflete a sociedade, ponto este que mencionamos há pouco. Para muitos esse jogo não era apenas para ganhar dinheiro mas sim para se tornar famosos, os ditos 5 minutos de fama, quantos mais observadores melhor. E a cereja no topo do bolo é sem dúvida o mais surpreendente… a forma como as pessoas conseguem ser influenciadas por multidões ou pelo anonimato para tomar más decisões mas quando confrontadas pelos seus atos meramente fogem das consequências, desresponsabilizando-se da cumplicidade que têm em determinados comportamentos. A culpa é partilhada entre quem vê cometer um crime e não faz nada para o impedir, e  quem comete o crime propriamente dito.

Em relação à parte romântica do filme, achamos que foi um pouco forçada. Apenas para dar aquele toque cliché à coisa tornando-se um pouco irreal e irrelevante. Sendo da nossa preferência um final diferente, embora seja perfeitamente lógico/comercial a escolha desse final romântico.
De uma forma geral, gostámos imenso do filme e aconselhamos a sua visualização.


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