~Sinopse
Numa família de 6 filhos, educada a viver na mata, a sobreviver
independentemente dos obstáculos, a caçar para comer e ter uma educação
avançadíssima em termos de conhecimentos intelectuais e culturais, após
enfrentados com a morte da sua progenitora e esposa terão de voltar à sociedade
e lidar com outros familiares e até mesmo com problemas já existentes no seu
próprio circulo familiar.
Um excelente drama que nos leva a pensar um pouco sobre respeitar as
crenças ou religiões de cada um, a educação que a nossa sociedade cultiva e a
importância da família.
~ Opinião
Este filme
retrata o choque entre os extremos e a importância de encontrarmos o equilíbrio
para evitar males maiores. Por um lado temos a educação dita
"tradicional" e por outro uma educação "nada tradicional" em
que ambas acabam por ter pontos a favor e pontos contra. Na educação
tradicional os miúdos estão na escola a fazer amigos e a viver vida de
crianças, a brincarem com jogos de vídeo e assim, acabando por não saber certas
coisas do mundo dos adultos, como o que é viver em situações de sobrevivência
ou até mesmo questões de cultura geral.
No caso da
família do Capitão, toda aquela alienação da "realidade" acaba por
lhes dar um conhecimento de sobrevivência, quase animalesca para certas
situações. Mas o facto de viverem "isolados" acaba por tornar difícil
a socialização para fora da família, acabando por termos vários exemplos ao
longo do filme. É desta socialização que nós aprendemos as regras da
civilização atual e sem elas podem surgir ações que não são corretas, como
roubar comida de um supermercado, tentar raptar entes queridos porque estes têm
uma opinião diferente acerca do nosso modo de vida, ou até desenterrar pessoas
mortas!
Para além
disto, Captain Fantastic acaba por
nos levar a pensar a quão inculta a nossa sociedade se encontra e quão baixo é
o nível de argumentação entre pessoas (podemos muito bem olhar para os debates
dos nossos vizinhos americanos para nos apercebermos disto mesmo). Achamos que
a chave mestre deste filme é o encontro com o equilíbrio. Saber viver para além
dos vídeo jogos e da escola, mas também saber viver para além das escaladas e
de uma casa construída na árvore. Para além disso, não podemos descorar a
importância de sermos autodidatas em certos assuntos, porque a escola não nos
vai dar tudo aquilo que precisamos para enfrentar a vida. Mais a mais, e
pegando nos conhecimentos que as crianças tinham, tal sabedoria levaria anos a
ser desenvolvida e, provavelmente, para
atingir aquele patamar ter-se-ia de gastar uma nota preta só para o acesso
a certos materiais.
Como nota final, é um bom filme, misturando um bocadinho de comédia e drama na quantidade certa.
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